Ataques a veículos, tiros e greve de ônibus aterrorizam maranhenses
A duas semanas das eleições, a população de São Luís está mais uma vez refém do terror que tomou conta da capital no início do ano, com uma nova série de ataques incendiários contra ônibus e automóveis particulares. Desde o último sábado, 17 coletivos e carros foram queimados, alguns dos quais no pátio de uma delegacia. Na manhã de ontem, o Fórum de Raposa, na região metropolitana da capital, foi alvejado por mais de 10 tiros. Até agora, 13 suspeitos de participação nos ataques foram presos e cinco menores apreendidos. A suspeita é de que as ações tenham sido ordenadas por lideranças de facções criminosas que atuam dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas — que estariam contrariadas com a notícia de possíveis transferências. Em janeiro, quatro pessoas ficaram feridas devido ao incêndio criminoso de um ônibus, que também matou a pequena Ana Clara, de 6 anos (veja memória). De lá para cá, houve 17 mortes em Pedrinhas, motins e fugas de presos.
Após a série de ataques iniciada no sábado, os ônibus chegaram a parar de circular em São Luís, complicando a rotina da população. Ontem, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Maranhão negou uma nova paralisação da categoria. “Se houver, porém, mais algum ataque a ônibus, nós iremos recolhê-los imediatamente”, anunciou Gilson Coimbra. Também ontem, a governadora, Roseana Sarney (PMDB), encaminhou ofício ao Ministério da Justiça pedindo o aumento do efetivo da Força Nacional de Segurança Pública em Pedrinhas — a tropa já está há um ano na unidade. Além disso, a governadora quer que a Força atue também nas ruas. “A capital maranhense, lamentavelmente, voltou a viver momentos de tensão e de horror”, diz trecho do documento.
Fonte: Robson Pires
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