quinta-feira, 12 de julho de 2012

Fim do mistério


Ivan Bueno de Souza Junior, de 18 anos (piloto da moto de Rafael)

Francisco Rafael Leite Mendes, 21 anos; (Atirou no olho do professor Carlos Magno)


Delegado conta detalhes da investigação do professor da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), 


Carlos Magno Viana Fonseca, teve sua vida ceifada por conta de R$ 90,00, dois aparelhos de telefone celular e um relógio de pulso. Os detalhes sobre o crime foram divulgados na manhã de ontem, 12, na sede da Divisão de Polícia do Oeste (DIVIPOE) em Mossoró, em uma coletiva de imprensa, presidida pelo delegado Inácio Rodrigues. 

A coletiva contou com a presença do diretor de Polícia Civil do Interior, José Carlos de Oliveira, do delegado regional de Mossoró Cleiton Pinho, do titular da Divipoe em Mossoró, Odilon Teodósio, e do delegado titular da Denarc, Denys Carvalho  Ponte. Segundo o delegado Inácio Rodrigues, o trabalho contou ainda com o apoio das polícias Civil de Goiás e São Paulo.

Durante a coletiva, o delegado apresentou dois dos três autores do crime: Francisco Rafael Leite Mendes, 21 anos, natural da cidade de Encanto-RN, e Ivan Bueno de Souza Júnior, 18 anos, natural do município de Doutor Severiano. Ivan Júnior, que estava preso em Pau dos Ferros, era menor de idade quando cometeu o crime e por isso terá a prisão revogada e será internado no centro de detenção para menores infratores. O terceiro envolvido diretamente no crime, que ficou configurado como latrocínio é Elias Tibúrcio Rodrigues, que já está detido na cidade de Santa Bárbara-SP. 

INVESTIGAÇÃO
O delegado Inácio Rodrigues disse que a primeira linha de investigação foi de crime passional, porém essa hipótese foi descartada quando a polícia conseguiu rastrear um dos aparelhos de telefone celular do professor Carlos Magno. "Conseguimos descobrir que este celular funcionou com outros chips na cidade de Doutor Severiano em dezembro do ano passado e depois o aparelho foi rastreado em uma cidade no estado de Goiás. 

A investigação identificou o atual proprietário do celular, Augusto Cézar de Freitas, que chegou a ser detido em Goiás, e durante depoimento, ele disse que havia comprado o aparelho de Ivan Júnior, em Dr. Severiano. Foi então que o delegado chegou ao primeiro autor do crime Ivan Bueno de Souza Júnior. Com Júnior, a polícia encontrou também o relógio de pulso do professor Carlos Magno. "Júnior confessou o crime e entregou os comparsas", relatou.

Inácio Rodrigues disse que o segundo a ser preso foi Rafael, apontado como o autor do tiro que atingiu Carlos Magno no olho. Em seguida, os dois entregaram o terceiro comparsa, 
Elias que estava trabalhando como cortador de cana no interior de São Paulo, que está preso e deverá chegar a Mossoró na próxima segunda-feira, 16.


Trio pretendia roubar um empresário, mas acabou matando o professor

Os autores do crime disseram em depoimento que no domingo 20 de novembro de 2011, havia se organizado para praticar um assalto a um empresário da região. O assalto havia sido planejado por uma quarta pessoa identificada como Francisco Felipe Rodrigues, que na data e hora combinadas estava embriagado e não participou a ação criminosa.

Os três, Rafael, Júnior e Elias aguardavam no Sítio Merejo a passagem do empresário que seria a vítima, voltar da casa da noiva. No depoimento, Rafael e Júnior disseram que, como o empresário estava demorando, eles desistiram e mudaram os planos e iriam assaltar quem passasse pelo local no momento, isso no fim de tarde de domingo, dia 20 de novembro.

Para atrair a vítima, o trio forjou um acidente, eles estavam em uma moto e colocaram a moto caída na estrada e um deles ficou caído próximo. Nesse momento, o professor Carlos Magno passava pelo local, na ocasião seguia em direção à casa da namorada que residia no Sítio Merejo. Carlos Magno parou o carro e foi prestar socorro a quem ele imaginava ser uma vítima de acidente.


No momento em que desceu do carro e se aproximou da moto onde um integrante do trio estava deitado, foi anunciado o assalto e os demais integrantes do bando apareceram. Primeiro eles renderam o professor apontando um revólver calibre 38, e o forçaram a entrar no porta-malas do próprio carro, um Eco Sport. Eles chegaram a colocar a vítima dentro do carro, mas quando tentaram fechar o porta-malas, o professor reagiu e empurrou júnior, momento em que Rafael efetuou o disparo no olho de Carlos Magno que caiu ferido. 
O carro foi guiado por Júnior, único entre o trio que sabia dirigir, e levado até o Sítio Lagoa de Dentro. Após parar o carro, os três pegaram tudo que encontraram de valor, incluindo a quantia de R$ 90,00, valor em dinheiro em poder da vítima, o relógio de pulso e os aparelhos de telefone celular. Em seguida, o trio decidiu queimar o carro e usaram os papéis que estavam na bolsa de Carlos Magno e começaram a queimar pelos bancos. A polícia estima que o crime foi praticado entre 19h30 e 20h. O carro queimado com o corpo do professor Carlos Magno carbonizado foi localizado na manhã do dia 21 de novembro.O que levou a prisão de três autores do crime


Fonte: Jornal de Fatos.

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