Riacho da Cruz: Henrique conquista simpatia da prefeita adversária e desprestigia antigo bacurau...
Pronto. O senador José Agripino convenceu o deputado Getúlio Rêgo, que convenceu a sobrinha-radical-prefeita de Riacho da Cruz, Bernadete Rêgo, e todos vão votar em Henrique Alves para o Governo nas eleições de outubro.
Não foi isso que eles disseram na reunião de ontem. Ainda.
Até porque seria ceder com muita facilidade.
E na política, por mais fácil que seja, neguinho às vezes tem que se fazer de difícil, pra se valorizar.
Mas, na reunião onde Henrique e Getúlio Rêgo mais pareciam Henrique e Nilton Figueiredo, (símbolo de união peemedebista no Oeste), a prefeita Bernadete, mesmo dizendo que ainda tinha muito o que pensar e o que conversar, deixou escapar no seu discurso a frase decisiva:
"Nunca votei no PMDB, vai ser a primeira vez".
Antes da chegada do governadorável Henrique Alves a Riacho da Cruz, o pequeno município que se tornou grande para a necessidade de votos do candidato do PMDB, e que tem no grupo da prefeita um dos mais radicais do Rio Grande do Norte de oposição ao PMDB, o clima na cidade por parte dos bacurau liderados pelo ex-vereador Marcondes, era de certo incômodo por ver Henrique se juntar com seus adversários. Uma espécie de…perda de poder tomando conta do peemedebismo local.
Marcondes, que mora em Pau dos Ferros, foi a Riacho para receber Henrique.
Pensava que seria o primeiro anfitrião…mas não foi, o que deixou seu grupo irritado quando viu Henrique chegar ao município e se dirigir, em primeiro lugar, à casa da prefeita "ex-adversária".
Entre a casa de Bernadete e a de Marcondes, separadas por 200 metros, bacuraus se aglomeravam.
Nas redes sociais verdes e naboca do povo bacurau, o assunto era um só: "a prefeita Bernadete aderiu para o lado deles".
Na boataria dos 200 metros, se dizia que a prefeita tinha se oferecido para apoiar o PMDB e que até o adversário Marcondes, iria para a reunião da casa de Bernadete.
No disse-me-disse do povo da prefeita, se dizia que, se Marcondes acompanhasse Henrique na visita à casa da prefeita, seria convidado a se retirar.
Verdade ou não, o fato é que Marcondes não foi e quase nem conversa com Henrique.
Que foi a Riacho da Cruz com os olhos voltados para a prefeita Bernadete.
O deputado Getúlio Rêgo foi quem primeiro chegou à casa da sobrinha prefeita, que o chama de 'tio Getúlio.
Estava em Portalegre acalmando os ânimos dos aliados para também receberem Henrique, que foi ao Oeste acompanhado da candidata ao Senado, Wilma de Faria (PSB) e do deputado federal Felipe Maia (DEM).
De Umarizal foram o vereador Erico Onofre, do PMDB, e o ex-prefeito Rogério Fonsecal
.
No seu discurso, Henrique disse que foi quem pediu para estar ali e sem intervenção de Getúlio ou do senador José Agripino.
Claro que os dois atuaram ardentemente para apagar as labaredas que queimavam há poucos dias.
Foi preciso muita água para amornar o clima.
Justificando que quer ser governador, Henrique disse que tem uma pesquisa que mostra que ele se reelegeria presidente da Câmara (?), mas que ele não quis…
Falou de sua vida pública, das obras feitas sob sua influência como barragem de Oiticica e Aeroporto de São Gonçalo, de sua proximidade com a presidente DilmaRousseff…
E…
Ainda acenou com a possibilidade de sua presidente não ser reeleita, ao afirmar que, se o eleito for Aécio Neves, Agripino é o canal mais próximo, e que se o eleito for Eduardo Campos, o canal será Wilma de Faria.
*
"Só com os votos do PMDB de cada município, eu não ganho a eleição".
A declaração foi do deputado Henrique Alves na casa da prefeita de Riacho da Cruz, Bernadete Rêgo (DEM), ao justificar a conversa com adversários na tentativa de transformá-los em aliados.
Os new aliados da hora.
O deputado chegou até a imitar a prefeita new-aliada, ao se referir ao deputado Getúlio Rêgo como "tio Getúlio".
Terminada a reunião, com o coração mais verde do que nunca, a prefeita Bernadete serviu um lanche, e Henrique, guloso por votos e por doces, saiu de lá levando uma vasilha de cocadas.
Quando o candidato saiu da casa de Bernadete, tome foguetões.
Eram os aliados da prefeita já comemorando…e 'inticando' os bacuraus antigos que ficaram do outro lado esperando a segunda visita do presidente do PMDB.
E Henrique foi à casa de Marcondes.
Teve o carro cercado por bacuraus que gritavam revoltados.
Ouviu o que não queria ouvir.
Ganhou um lado, garantindo que ja tem o outro, mas…o preço a pagar.
O Vasco e Flamengo impera na política do interior do Rio Grande do Norte.
Henrique ainda conversou com o grupo revoltado no meio da rua e foi à casa do antigo aliado, Marcondes.
Para uma conversa rápida que durou uns 10 minutos.
Sem mesa de lanche, sem vasilha de cocada.
O candidato deixou Riacho da Cruz rumo a Pau dos Ferros, para mais um embate com seu grupo liderado por Nilton Figueiredo, já que a intenção é se juntar ao outro lado, liderado pelo próprio deputado Getúlio, pelo filho Leonardo e pelo prefeito Fabrício Torquato.
Getúlio tem sido mais ameno em relação à aliança com Henrique.
Leonardo tem sido mais seco, mais pragmático, mais de olho no que pode acontecer no futuro de pau dos Ferros, e não apenas pensando o momento que mais interessa a Henrique do que a ele e o seu grupo.
Fabrício tem horror a essa aliança, embora não declare de público. Dele, o PMDB já foi tomado.
Ainda em Riacho da Cruz, quando Henrique deixou a casa de Marcondes, os bacuraus também soltaram fogos.
De um lado os fogos da prefeita, do outro, os fogos do PMDB.
Riacho da Cruz mais parecia a Faixa de Gaza.
Terminada a barulheira, os bacuraus saíram em carreata tocando músicas 'inticando' os democratas, provocando-os sobre a adesão dos "bicudos" a eles.
A música "Pule você também, pule pro lado de cá!" foi o ritmo acelerado do município pelo resto do dia.
Mas os insultos não intimidaram os "bicudos", que diante da carreata dos bacuraus, começaram a soltar fogos…
Na casa da prefeita, o telefone não parava de tocar.
Prefeitos da região queriam saber o que ela tinha decidido.
Ela dizia que ainda iria conversar…
Mas, precisa?
Pelas calçadas de Riacho da Cruz, o rescaldo foi de muitas perguntas:
Desprestigiado, Marcondes ronperá com Henrique?
Irá para o lado do candidato Robinson Faria (PSD)?
Falta conforto político na cidade que tem 2.400 votos.
Mas que podem fazer a diferença no universo de mais de 2 milhões de eleitores do Rio Grande do Norte.
Não foi isso que eles disseram na reunião de ontem. Ainda.
Até porque seria ceder com muita facilidade.
E na política, por mais fácil que seja, neguinho às vezes tem que se fazer de difícil, pra se valorizar.
Mas, na reunião onde Henrique e Getúlio Rêgo mais pareciam Henrique e Nilton Figueiredo, (símbolo de união peemedebista no Oeste), a prefeita Bernadete, mesmo dizendo que ainda tinha muito o que pensar e o que conversar, deixou escapar no seu discurso a frase decisiva:
"Nunca votei no PMDB, vai ser a primeira vez".
Antes da chegada do governadorável Henrique Alves a Riacho da Cruz, o pequeno município que se tornou grande para a necessidade de votos do candidato do PMDB, e que tem no grupo da prefeita um dos mais radicais do Rio Grande do Norte de oposição ao PMDB, o clima na cidade por parte dos bacurau liderados pelo ex-vereador Marcondes, era de certo incômodo por ver Henrique se juntar com seus adversários. Uma espécie de…perda de poder tomando conta do peemedebismo local.
Marcondes, que mora em Pau dos Ferros, foi a Riacho para receber Henrique.
Pensava que seria o primeiro anfitrião…mas não foi, o que deixou seu grupo irritado quando viu Henrique chegar ao município e se dirigir, em primeiro lugar, à casa da prefeita "ex-adversária".
Entre a casa de Bernadete e a de Marcondes, separadas por 200 metros, bacuraus se aglomeravam.
Nas redes sociais verdes e naboca do povo bacurau, o assunto era um só: "a prefeita Bernadete aderiu para o lado deles".
Na boataria dos 200 metros, se dizia que a prefeita tinha se oferecido para apoiar o PMDB e que até o adversário Marcondes, iria para a reunião da casa de Bernadete.
No disse-me-disse do povo da prefeita, se dizia que, se Marcondes acompanhasse Henrique na visita à casa da prefeita, seria convidado a se retirar.
Verdade ou não, o fato é que Marcondes não foi e quase nem conversa com Henrique.
Que foi a Riacho da Cruz com os olhos voltados para a prefeita Bernadete.
O deputado Getúlio Rêgo foi quem primeiro chegou à casa da sobrinha prefeita, que o chama de 'tio Getúlio.
Estava em Portalegre acalmando os ânimos dos aliados para também receberem Henrique, que foi ao Oeste acompanhado da candidata ao Senado, Wilma de Faria (PSB) e do deputado federal Felipe Maia (DEM).
De Umarizal foram o vereador Erico Onofre, do PMDB, e o ex-prefeito Rogério Fonsecal
.
No seu discurso, Henrique disse que foi quem pediu para estar ali e sem intervenção de Getúlio ou do senador José Agripino.
Claro que os dois atuaram ardentemente para apagar as labaredas que queimavam há poucos dias.
Foi preciso muita água para amornar o clima.
Justificando que quer ser governador, Henrique disse que tem uma pesquisa que mostra que ele se reelegeria presidente da Câmara (?), mas que ele não quis…
Falou de sua vida pública, das obras feitas sob sua influência como barragem de Oiticica e Aeroporto de São Gonçalo, de sua proximidade com a presidente DilmaRousseff…
E…
Ainda acenou com a possibilidade de sua presidente não ser reeleita, ao afirmar que, se o eleito for Aécio Neves, Agripino é o canal mais próximo, e que se o eleito for Eduardo Campos, o canal será Wilma de Faria.
*
"Só com os votos do PMDB de cada município, eu não ganho a eleição".
A declaração foi do deputado Henrique Alves na casa da prefeita de Riacho da Cruz, Bernadete Rêgo (DEM), ao justificar a conversa com adversários na tentativa de transformá-los em aliados.
Os new aliados da hora.
O deputado chegou até a imitar a prefeita new-aliada, ao se referir ao deputado Getúlio Rêgo como "tio Getúlio".
Terminada a reunião, com o coração mais verde do que nunca, a prefeita Bernadete serviu um lanche, e Henrique, guloso por votos e por doces, saiu de lá levando uma vasilha de cocadas.
Quando o candidato saiu da casa de Bernadete, tome foguetões.
Eram os aliados da prefeita já comemorando…e 'inticando' os bacuraus antigos que ficaram do outro lado esperando a segunda visita do presidente do PMDB.
E Henrique foi à casa de Marcondes.
Teve o carro cercado por bacuraus que gritavam revoltados.
Ouviu o que não queria ouvir.
Ganhou um lado, garantindo que ja tem o outro, mas…o preço a pagar.
O Vasco e Flamengo impera na política do interior do Rio Grande do Norte.
Henrique ainda conversou com o grupo revoltado no meio da rua e foi à casa do antigo aliado, Marcondes.
Para uma conversa rápida que durou uns 10 minutos.
Sem mesa de lanche, sem vasilha de cocada.
O candidato deixou Riacho da Cruz rumo a Pau dos Ferros, para mais um embate com seu grupo liderado por Nilton Figueiredo, já que a intenção é se juntar ao outro lado, liderado pelo próprio deputado Getúlio, pelo filho Leonardo e pelo prefeito Fabrício Torquato.
Getúlio tem sido mais ameno em relação à aliança com Henrique.
Leonardo tem sido mais seco, mais pragmático, mais de olho no que pode acontecer no futuro de pau dos Ferros, e não apenas pensando o momento que mais interessa a Henrique do que a ele e o seu grupo.
Fabrício tem horror a essa aliança, embora não declare de público. Dele, o PMDB já foi tomado.
Ainda em Riacho da Cruz, quando Henrique deixou a casa de Marcondes, os bacuraus também soltaram fogos.
De um lado os fogos da prefeita, do outro, os fogos do PMDB.
Riacho da Cruz mais parecia a Faixa de Gaza.
Terminada a barulheira, os bacuraus saíram em carreata tocando músicas 'inticando' os democratas, provocando-os sobre a adesão dos "bicudos" a eles.
A música "Pule você também, pule pro lado de cá!" foi o ritmo acelerado do município pelo resto do dia.
Mas os insultos não intimidaram os "bicudos", que diante da carreata dos bacuraus, começaram a soltar fogos…
Na casa da prefeita, o telefone não parava de tocar.
Prefeitos da região queriam saber o que ela tinha decidido.
Ela dizia que ainda iria conversar…
Mas, precisa?
Pelas calçadas de Riacho da Cruz, o rescaldo foi de muitas perguntas:
Desprestigiado, Marcondes ronperá com Henrique?
Irá para o lado do candidato Robinson Faria (PSD)?
Falta conforto político na cidade que tem 2.400 votos.
Mas que podem fazer a diferença no universo de mais de 2 milhões de eleitores do Rio Grande do Norte.
Fonte: Thaísa Galvão/ Serrinha de Fato.
Nota do blog PT em ACAOVICOSA:
E o povão Ó! Mais uma vez vão servirem de ESCADAS, pra ELES cada vez mais subirem, é claro.
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