domingo, 31 de agosto de 2014


Falta tudo. Sobram máquinas.

Por Aurivânio Andrade

Hoje de maneira imaginária, voltei a minha infância vivida. Na ida, encontrei as lembranças e a saudade dos meus tempos de criança. Na volta dei carona as lágrimas que brotaram dos meus olhos, atestando algumas renuncias que já foram feitas e as amizades sinceras já vivida. O destino da viagem foi a minha pré-adolescência. Sobretudo, na Escola Estadual Ozéas Gomes - ensino das primeiras séries primaria onde comecei estudar. Por sinal, a principal arena da educação infanto-juvenil da minha “VIÇOSA” cidade nos meados dos anos 80. Nesse lugar e nessa época, fomos ensinados a respeitar o próximo (principalmente os nossos pais), ser honesto, trabalhadores, amigos, sinceros, patriotas, leais, solidários, “ser filhos, ser atencioso com os menos favorecidos, respeitar os mais velhos, driblar as dificuldades da vida, dá à devida atenção ao próximo, enfim.... As moças da época foram orientadas e ordenadas, isso mesmo, ORDENADAS a não ficarem e sim a namorarem se apaixonarem e se casarem para serem felizes ou infelizes para sempre. Já os rapazes também eram ORDENADOS a não “MEXEREM.” Se Mexessem, tinham que se casarem ou “da de conta” como dizia nossos pais. Maquinas digitais? Rsrsrsr. Eram coisas do futuro. Não ouvíamos nem falar. Só nas manuais como: o tear que servia para confeccionar roupas, o moinho que servia para triturar o milho para fazermos o cuscuz, a pua que servia para furar a madeira, o engenho que servia para extrair o caldo da cana... etc:. Todas elas, eram movidas a propulsão humana. Essas eram as máquinas do nosso tempo. Nem imaginávamos nas maquinas do futuro. Bem diferente do tempo de hoje, que tem máquinas pra tudo, até pra exporem as intimidades e comprometerem os casamentos ou os relacionamentos - como queiram. “Sem falar nas dispensas dos “xavecos” – que na mais era do quer o poder de persuasão que tínhamos que ter, para convencer e conquistar as meninas da época.” Tudo isso, pessoalmente, sentido o cheiro e afagando os desejos. Certa vez uma das minhas professoras primária nos disse que (nós meninos da época) íamos ser o futuro do Brasil. Rsrsrs. Confesso que acreditei. Mas, pensava que fosse outro futuro. Todavia, não vou expor o que eu pensava, por que talvez já não mereça mais a nossa atenção. Hoje, o que merece atenção mesmo é o presente. Aquele que minha professora chamava a três décadas atrás de “FUTURO.” E por falar em futuro, diariamente vejo-o até nas mãos das criancinhas da creche que frequento todos os dias. O mesmo (futuro), vem matando a infância e atrofiando cada vez mais as mentes das mesmas, tornando-as futuros seres alienados como os adultos ora estão. Há algum problema nisso Aurivânio? Não. A não ser o “futuro”. Ou as idéias do meu texto que são coisas do passado.

Taí o texto nº4. Nele, se compararmos o tempo de ontem com o tempo de hoje, podemos perceber claramente, que falta tudo. Sobram máquinas.

Boa reflexão!



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