Péssima notícia para servidores do Estado: Governo não garante pagamento de salários
Secretário Obery Rodrigues não assegura que servidores estaduais receberão salários até o fim do governo Rosalba
Em entrevista ao Jornal Tribunal do Norte, edição deste domingo, 14, o secretário de Planejamento, Obery Rodrigues deixa claro que até o fim do governo Rosalba poderá haver mais atraso de salários e não assegura o pagamento.
Confira trecho da entrevista:
Há garantia de que os salários dos servidores não deixarão de ser pagos até o final do ano? Até mesmo os 80% restantes do 13º salário?
A única garantia que se pode dar é que o governo vai continuar transferindo os duodécimos ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público, à Assembleia Legislativa, ao Tribunal de Contas e à Defensoria Pública para que eles paguem em dia as suas despesas, inclusive as com pessoal e suas demais vantagens, que representam cerca de R$ 106 milhões/mês. Quanto aos salários dos servidores do Executivo, vem se fazendo um esforço para pagar, dentro do mês, os salários dos servidores ativos da segurança, saúde e educação, além dos que ganham salários líquidos de até dois mil reais, o que totaliza R$ 170 milhões. Os demais, que estão recebendo no dia 10 do mês seguinte totaliza cerca de R$ 178 milhões. A nossa expectativa é que a previsão de receitas, até o final do exercício, se confirme ou tenham uma frustração menor que a verificada até o momento. Nos preocupa as notícias sobre o pífio desempenho da economia nacional, que inegavelmente interfere na arrecadação dos impostos. O Governo fez acordos com algumas categorias quanto às melhorias salariais. Diante do quadro de contenção de gastos, haverá condições de cumprir?
É preciso reconhecer que o governo não tem conseguido enfrentar a enorme pressão de algumas categorias mais organizadas por aumentos salariais que, comprovadamente, o Tesouro Estadual não tem condições de arcar. E, principalmente, nas áreas de maior impacto na despesa com pessoal, como educação, segurança e saúde. Na educação, o aumento foi de 93 % para os professores, na Polícia Militar, de 52 %, na Polícia Civil, de 41 % e a folha da Saúde aumentou 32 %. A tensão e o prejuízo à sociedade provocados pelas recorrentes greves e ameaças de greve em setores vitais, sempre com velados interesses políticos e com ampla repercussão na mídia, foram minando a capacidade de convencimento e reação do governo. No total, a despesa com pessoal do Executivo, entre 2010 e 2014, aumentou 43,5 %, que representa um acréscimo de R$ 1,46 bilhão no ano. O repasse aos Poderes aumentou 86 %, ou seja, um acréscimo de R$ 409 milhões. Então, isso representa um aumento de quase R$ 2 bilhões nessas despesas nesse período. Como a receita líquida do Tesouro aumentou cerca de R$ 1,5 bilhão, o sacrifício foi para o custeio e para o investimento, que hoje são menores que em 2010. Então, fica claro que a única saída para conseguir pagar a folha em dia é conter esses aumentos.
Fonte: www.tribunadonorte.com.br/Serrinha de Fato
Em entrevista ao Jornal Tribunal do Norte, edição deste domingo, 14, o secretário de Planejamento, Obery Rodrigues deixa claro que até o fim do governo Rosalba poderá haver mais atraso de salários e não assegura o pagamento.
Confira trecho da entrevista:
A única garantia que se pode dar é que o governo vai continuar transferindo os duodécimos ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público, à Assembleia Legislativa, ao Tribunal de Contas e à Defensoria Pública para que eles paguem em dia as suas despesas, inclusive as com pessoal e suas demais vantagens, que representam cerca de R$ 106 milhões/mês. Quanto aos salários dos servidores do Executivo, vem se fazendo um esforço para pagar, dentro do mês, os salários dos servidores ativos da segurança, saúde e educação, além dos que ganham salários líquidos de até dois mil reais, o que totaliza R$ 170 milhões. Os demais, que estão recebendo no dia 10 do mês seguinte totaliza cerca de R$ 178 milhões. A nossa expectativa é que a previsão de receitas, até o final do exercício, se confirme ou tenham uma frustração menor que a verificada até o momento. Nos preocupa as notícias sobre o pífio desempenho da economia nacional, que inegavelmente interfere na arrecadação dos impostos. O Governo fez acordos com algumas categorias quanto às melhorias salariais. Diante do quadro de contenção de gastos, haverá condições de cumprir?
É preciso reconhecer que o governo não tem conseguido enfrentar a enorme pressão de algumas categorias mais organizadas por aumentos salariais que, comprovadamente, o Tesouro Estadual não tem condições de arcar. E, principalmente, nas áreas de maior impacto na despesa com pessoal, como educação, segurança e saúde. Na educação, o aumento foi de 93 % para os professores, na Polícia Militar, de 52 %, na Polícia Civil, de 41 % e a folha da Saúde aumentou 32 %. A tensão e o prejuízo à sociedade provocados pelas recorrentes greves e ameaças de greve em setores vitais, sempre com velados interesses políticos e com ampla repercussão na mídia, foram minando a capacidade de convencimento e reação do governo. No total, a despesa com pessoal do Executivo, entre 2010 e 2014, aumentou 43,5 %, que representa um acréscimo de R$ 1,46 bilhão no ano. O repasse aos Poderes aumentou 86 %, ou seja, um acréscimo de R$ 409 milhões. Então, isso representa um aumento de quase R$ 2 bilhões nessas despesas nesse período. Como a receita líquida do Tesouro aumentou cerca de R$ 1,5 bilhão, o sacrifício foi para o custeio e para o investimento, que hoje são menores que em 2010. Então, fica claro que a única saída para conseguir pagar a folha em dia é conter esses aumentos.
Fonte: www.tribunadonorte.com.br/Serrinha de Fato
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