sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Nervos de aço.



Lendo um pouco da biografia de Aristóteles, um dos mais notáveis filósofo Grego, me lembrei de uma célebre frase que mim cafifou a cachola durante muito tempo. Principalmente na época da minha adolescência quando estudava o 2º grau. Hoje, ensino médio. Lá se vão tantos anos.......

O professor de História numa determinada aula, repetindo Aristóteles, nos dizia que o Homem é um animal político. Pronto. A partir daí almejava em ser esse “tal animal”. Confesso que não sabia a definição desse conceito. Somente tempos depois, vim a compreender melhor o sentido dessa frase. Ou conceito. Pra onde for ganha.
Na verdade, Aristóteles queria dizer que [...] “o animal político ou cidadão é o homem livre que goza de direitos naturais por sua competência em si destacar. Enquanto que os homens dotados apenas de ROBUSTEZ FÍSICA e POUCO INTELECTO são aptos para obedecer”. E completou: “O homem livre é soberano porque é senhor de si.”[...]
Pois bem, com esse conceito consolidado na minha mente, momento em que caminhava por uma das ruas da minha cidade, fui convidado pelo meu amigo Anastácio Rodrigues (In Memoriam), para criarmos o Partido dos Trabalhadores – PT, aqui na nossa cidade. Como sou um sujeito completamente normal como diz a letra de uma das músicas do cantor Raul Seixas, não pensei duas vezes e aceitei a proposta. Ou melhor: O árduo desafio. Começava uma das fases mais difícil na minha vida. Surgiram problemas dos mais diversos tipos que si possam imaginar: Problemas conjugais que culminou com a divisão da minha família, algumas relações de amizades fora comprometidas, a nossa luta, além de ser vista de forma preconceituosa fora(ô) motivo de chacota por PARTE do nosso povo, enfim..... Passei a ser VIGIADO, AMADO E DETESTADO. Tudo na mesma intensidade.
Tempos depois, fizemos uma coligação com o grupo situacionista, aliás si mantendo até hoje, e assim voltou os tempos de aparente “normalidade” na minha vida. Mas confesso que ficaram os hematomas e os eritemas provocados pelos “vários socos que tomei no meu frágil estômago”. 
Foi aí que um dia desses, conversando com uma senhora que me admira muitoooo e me quer bem, tendo esta, si solidarizado com tamanhas injustiças e perseguições que sofri, me indagou: “Ô meu filho, como você suportou todas aquelas pressões, tudo aquilo que fizeram e que disseram com você? A minha resposta foi a de que muitas vezes temos que agir na nossa vida como se tivéssemos os nervos de aço. E haja nervos de aço!

Boa reflexão!

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